
Os helicópteros de emergência médica justificam-se sempre que por maus acessos, grandes distâncias, falta de equipas de transporte diferenciadas, etc, haja necessidade de transportar doentes críticos do local do acidente ao Hospital (transporte primário) ou entre Hospitais (transporte secundário) de um nível assistencial mais baixo para um mais elevado ou centros específicos de tratamento (Unidades de Queimados, Cirurgia Vascular, etc).
Sem dúvida que o transporte em helicóptero tem grandes vantagens sobre o terrestre na maioria das situações em que estão envolvidos doentes críticos, mas algumas restrições também existem e entre estas as condições meteorológicas são as que mais condicionam este serviço.
A equipa de transporte constituída pelo médico, enfermeiro e 2 pilotos (comandante e piloto), têm de se coordenar como uma equipa com tarefas e responsabilidades perfeitamente definidas e da sua boa articulação entre todos depende o êxito de cada missão. Ao médico e enfermeiro cabe a responsabilidade do doente, desde a sua recepção ao transporte, assim como todas as atitudes terapêuticas e de estabilização conducentes à boa entrega do doente no Hospital receptor. Todas estas acções devem ser realizadas de modo independente da equipa de pilotos, cuja missão é programar e efectivar os voos que possibilitam o transporte. Da boa colaboração entre estes 4 elementos depende o êxito das missões.
O SHEM efectua o transporte de todas as patologias, fundamentalmente as do foro traumático, mas também doença cardiológica aguda e grave, doenças pulmonares agudizadas e com necessidade de ventilação assistida, doenças neurológicas ou neurocirúrgicas que necessitem de um Centro de referenciação. |